02/04/2010 Tragédia no HAITI!!! "Deus tenha piedade desse povo!!!"

O mais miserável país da América, o Haiti, chora a perda de milhares de pessoas. Desta vez, a morte não veio por meio de fome, sede ou por combates – algo comum nessa paupérrima ilha caribenha –, mas pela força do mais devastador terremoto em 200 anos de história da nação fundada por ex-escravos africanos. O número de mortes pode chegar à casa de centenas de milhares. O tremor de 7,3 graus na escala Richter que atingiu o território haitiano às 16h53 de terça (hora local) arrasou a capital do país, Porto Príncipe. O caos tomou conta das ruas. Pessoas vagavam entre os escombros. O palácio presidencial foi reduzido a ruínas, com suas cúpulas derrubadas sobre as paredes. Centenas ficaram soterrados em escolas e na única universidade. Pelo menos 200 pessoas morreram no Hotel Montana, costumeiro local de hospedagem de turistas. Um presídio veio abaixo e os detentos que não morreram, fugiram. O terremoto atingiu cerca de 3,5 milhões de pessoas. O país tem 10 milhões de habitantes. Pelo menos 12 brasileiros morreram. Por alguns segundos as casas foram sacudidas, sem parar, até desmoronar. A ocorrência de tremores no Haiti é frequente. Além do terremoto de 7,3 graus na escala Richter, vários outros com magnitude de 5,9 graus atingiram o país na terça, apavorando os 1.310 brasileiros que lá vivem, entre eles catarinenses de Lages e Porto União. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, embarcou ontem para o Haiti. As Forças Armadas despacharam, ainda ontem, dois aviões com 21 toneladas de alimento e água para auxiliar as vítimas. Hoje, outras seis com presunto, sardinha, açúcar e água devem chegar. O presidente Lula prometeu US$ 15 milhões em ajuda. As forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), comandadas pelo Brasil, atuam desde 2004 no Haiti, propiciando segurança, obras e saúde. Porto Príncipe sofre constantes combates em decorrência da violência provocada pela ação de gangues – o que forçou a presença do contingente militar da ONU. Policiais ontem disparavam para tentar evitar saques no comércio.

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