- Parto Normal
O parto normal ou vaginal por ser mais parecido com o fisiológico (parto natural) e tem vantagens sobre a cesariana. O corpo da mulher foi preparado para isso, a recuperação é muito mais rápida, há menor chance de hematomas ou infecções, menor risco de complicações para a mãe e menor chance de dor pélvica crônica.
Não pense que o parto normal é sinônimo de fortes dores, há técnicas hoje que as aliviam. Quando a mamãe chega ao hospital, vários procedimentos de rotina são realizados, como aferição de temperatura, pressão arterial e freqüência cardíaca. Medidas como o enema (lavagem intestinal) e a tricotomia (raspagem dos pêlos pubianos) não são mais procedimentos de rotina.
Durante as contrações, o médico avalia a dilatação do colo do útero. Se as dores forem intensas, normalmente é aplicada uma anestesia peridural. Quando o espaço para o bebê passar for insuficiente, é realizada uma episiotomia, que consiste em um corte cirúrgico feito na região perineal para auxiliar a saída do bebê e evitar ruptura dos tecidos perineais.
Quando o colo do útero estiver dilatado por completo e as contrações tornarem-se muito fortes, as paredes do útero farão pressão sobre o bebê e, em conjunto com o esforço da mãe, impulsionarão a criança para fora.
Após o alívio da expulsão do bebê, há a saída da placenta onde o útero se contrai mais uma vez para expulsá-la.
A sutura da episiotomia quando necessária é feita imediatamente após o parto, cicatrizando em poucos dias.
Indução do parto - Se a gestação já passar de 40 semanas, se há incompatibilidade de Rh, em que a continuidade da gestação expõe a criança aos anticorpos, à diabetes, ao sofrimento da passagem mal-sucedida, ou quando acontece o rompimento prematuro da bolsa d'água, a indução do parto deve ser tentada.
A indução consiste em acelerar o trabalho de parto e pode ser feito através do rompimento precoce da bolsa ou com medicamentos.
- Parto cesárea ou cesariano
Esse tipo de parto é cirúrgico e deve haver motivos clínicos para a realização deste como desproporção do tamanho do bebê em relação à pelve, infecção herpética ativa, gestantes diabéticas, posição do bebê invertida e difícil ou ainda se o trabalho de parto não estiver progredindo normalmente.
Quando a cesárea é optada pelo médico a mamãe deixa de ser uma parturiente para ser uma paciente cirúrgica. Os cuidados com assepsia são maiores e as complicações são mais possíveis por se tratar de uma cirurgia de grande porte, os riscos são maiores.
A mamãe recebe a anestesia peridural (em alguns casos, a geral é necessária) e por isso não sentirá dor alguma. É colocada uma tela na região do seu tórax para melhor assepsia e a mamãe não acompanha o parto.
O médico corta sete camadas até chegar ao útero por uma incisão de 10 centímetros feita acima dos pêlos púbicos. Ao alcançar o bebê, o médico irá tirá-lo suavemente. A equipe removerá a placenta e a examinará e o corte será fechado com pontos.
A recuperação da mamãe é bem mais lenta do que em qualquer outro tipo de parto. Ela sente dores ao rir, chorar, ficar de pé ou quando tenta erguer o corpo. Há maior risco de infecção materna e de o bebê ter problemas respiratorios.
- Parto de Cócoras
O parto de cócoras é realizado da mesma forma que o natural mudando a posição da mãe, que, em vez de ficar na posição ginecológica normal, mantém-se de cócoras.
É um parto mais rápido, pois é auxiliado pela gravidade, mais cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê, pois não se tem mais a compressão de importantes vasos sanguíneos que acontece com a mulher deitada de costas.
Indicado para mulheres que tiveram gravidez saudável e sem problema de pressão, o parto de cócoras só pode ser realizado se o feto estiver na posição cefálica (com a cabeça para baixo).
A participação do companheiro, a ausência de métodos invasivos para alívio da dor, a liberdade de movimentos dada à mulher no momento do nascimento da criança e a recuperação imediata são as principais vantagens do parto de cócoras.
- Parto Fórceps
É o parto via vaginal (parto normal) no qual se utiliza um instrumento cirúrgico semelhante a uma colher, que é colocado no canal genital da mulher, ajustando-se nos lados da cabeça do bebê para ajudar o obstetra a retirá-lo do canal de parto em casos de emergência ou sofrimento fetal. É utilizado quando o parto já está no final poupando desgastes da mãe e do bebê.
- Parto na Água
O parto na água se caracteriza quando a mãe dá a luz com os genitais totalmente cobertos de água. A mãe fica sentada em uma banheira e o pai também pode entrar na banheira e apoiar a mulher, como no parto de cócoras.
A água cobre toda a barriga e deve estar na temperatura do corpo, a 37º C. A água morna deixa a gestante relaxada e alivia as dores das contrações, pois provoca um aumento da irrigação sangüínea da mãe, uma diminuição da pressão arterial, além do relaxamento muscular.
Em relação ao natural, este parto é mais rápido e menos dolorido para a mãe, além de mais tranqüilo para o bebê. Ele sai de um meio líquido e quente para outro meio líquido e quente.
Esse tipo de parto não é recomendado em trabalho de parto prematuro, presença de mecônio, sofrimento fetal, mulheres com sangramento excessivo, diabetes, HIV positivo, Hepatite-B, Herpes Genital ativo, bebês com mais de 4000g ou que precisem de monitoramento contínuo.
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