Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto... O cenário lembra um filme de terror, iluminação precária, larvas espalhadas no chão, pedaços de tecido humano e sangue acumulados nas mesas devido às pias estarem com problemas hidráulicos. Os cadáveres, alguns em putrefação, são amontoados nos corredores sem nenhuma proteção, ocasionando alto nível de insalubridade. Não há sequer, material para desinfecção dos instrumentos. Falta material básico de serviço e a estrutura chega a lembrar uma espécie de matadouro. Os legistas e auxiliares de necropsia trabalham em meio à imundície extrema. Não há refrigeração e exaustão suficientes nos ambientes de exames cadavéricos. As instalações físicas, incluindo piso, teto e parede parecem combinar com o mesmo estado de deterioração dos cadáveres. Até objetos de culinária são usados nas necropsia. Faltam pias com água corrente, sabão e papel toalha nas salas de necropsia.Moscas e larvas, em quantidades absurdas, chegam a disputar os cadáveres com os peritos. Os insetos fazem a "festa". Vigilância Sanitária seria algo utópico no local. Faltam instrumentos adequados, comprometendo o trabalho dos peritos. Os corpos são necropsiados, muitas vezes, com facas semelhantes as de açougues. Os legistas, por sua vez, trabalham sem máscaras e outras proteções...Cerca de quarenta cadáveres chegam diariamente no Afrânio Peixoto. Hoje, trata-se de um endereço detestável por parte dos vizinhos. Há, inclusive, propostas de retirada da instituição por parte do governo estadual.


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